31 de dezembro de 2006

The Sims II


The Sims II (***)


A novidade já havia chegado com o primeiro The Sims. A série trás a possibilidade de, ao inves de se simular realidades diferentes das do jogador, simular "vida real", onde os personagens precisam trabalhar, comer e ir ao banheiro ao inves de destruir monstros por ai....


O primeiro jogo, no entanto, apresentava diversas falhas, e o advento da tecnologia de processadores mais velozes e de placas graficas mais potentes levou a Maxis a lançar uma segunda versão de seu sucesso.

Easy life

De fato, houve muitas mudanças positivas no novo jogo da serie. Provavelmente os pobres Sims tiveram seu Getulio Vargas, e agora não trabalham de sol a sol. Eles agora tem fins de semana, dias de folga, banheiros e refeitorios em seu serviço e este nao eh mais tao cansativo...Trocando em miudos, agora voce vai ter mais tempo para "brincar" com seu Sim, ao inves de soh manda-lo trabalhar e dormir....

Há novas opções de construção e mobilia, e a construção de personagem permite que o rosto do Sim seja editado, alem do acrescimo de tatuagens, maquiagem e outros efeitos extras.

Os Sims tambem envelhecem, morrem de velhice e se reproduzem, o que quer dizer que se você for paciente, pode jogar com toda uma linhagem de Sims...

A grande inovaçao, no entanto, fica por conta das Aspirações, desejos do seu Sim, escolhidos durante a criação do personagem. Um Sim que almeje riqueza ficará contente em ganhar um salario melhor, enquanto um Sim louco por conhecimento ficará ansioso para ver extraterrestres, fantasmas, ler livros e etc. Quando um desejo do Sim é realizado, ele ganha pontos para comprar itens estranhos, como arvores que dão dinheiro, oculos de sol e elixires da vida eterna...

Hard Life

The Sims II não conseguiu resolver o maior problema de seu antecessor. No fundo, como o anterior, é um jogo que cansa fácil. Jogue por uma semana e você já estará enjoado de ver os tais Sims comendo, vendo TV e indo ao banheiro....

Muitas das novidades são um tanto idiotas. Alem de fotografar seu Sim, voce tambem pode filma-lo (oh!), o que faz pensar que tipo de nerd iria encher seu HD com "filminhos" de seus personagens fazendo um churrasco de domingo....

Seu personagem tambem pode se deslocar pela vila onde vive, visitar shoppings, comprar roupas, fazer compras em supermercados... No entanto, as opções de roupas são as mesmas da fase de criação de personagem, e é bem improvavel que depois de criar seu Sim você ainda va querer modificar o que podia ter feito antes...

Outra ideia inutil é o "diario dos Sims", uma coleção de experiencias que o personagem passou no jogo. Para que foram colocar isso no jogo????

Há outros defeitos tambem. A criação de personagem tem um dos piores editores que eu jah tive o desprazer de presenciar. Longe da minucia do editor de personagem do The Movies, o do The Sims II não só beira como chafurda no ridiculo. Todas as faces são caricatas, e uma mera modificação no nariz as faz parecer grotescas. As roupas não estão disponiveis para todas as idades, ou seja, se voce quer criar um personagem adolescente, tera um menu de roupas diferente do do adulto, por exemplo. Na teoria não chega a ser ruim, mas fica um horror quando você descobre que as roupas das adolescentes são mais sexys do que das adultas....

Outro defeito é relativo ao tempo do jogo, que progride de forma bizarra. Um Sim vive no maximo algumas dezenas de dias (no tempo do jogo), e o pior é que subir uma escada ou usar o banheiro levam vários minutos (no tempo do jogo)... Se for computar, um sim passa por volta de 1/10 de sua vida no banheiro, e quase isso subindo uma escada...

Isso atrapalha muito, ainda mais quando você constroi uma casa de dois andares... Quando o Sim chega no andar de cima é comum que já precise ir para o trabalho ou pegar algo no andar de baixo...

Outro problema é o peso do jogo. A Maxis quis dar uma de elitista e encheu o game de efeitos desnecessarios que travem, deixa lento ou emperra em computadores com os requerimentos minimos...

Resumindo, The Sims II é sob medida pra quem gostou do primeiro, e está disposto financeiramente a comprar "n" expansion packs até que saia o The Sims III... Por alto os problemas são os mesmos, o jogo fica chato em uma semana, e logo logo se resume a mandar o Sim pro trabalho, dar banho, comida e ve-lo dormir.... Ou seja, um Tamagoshi virtual...

23 de dezembro de 2006

The Sims


The Sims (***)


Há simuladores de todo tipo no mundo dos games. Dos tradicionais simuladores de soldados e espiões a bizarros simuladores de animais e até mesmo células. No entanto, todos tinham algo em comum, eles projetavam uma realidade diferente da vivida no dia-a-dia da maioria dos jogadores.

The Sims chega exatamente com a proposta de ser um simulador diferente. Um simulador de "vida real".


Vida real

A ideia por trás do jogo é criativa. Longe de ter um enredo empolgante, seu objetivo é criar pessoas selecionando opções de face, corpo, roupas e personalidade, e coloca-las para viver suas vidas normais. Os "sims" (diminutivo para "Simulators", simuladores, e nome dos "humanos" do jogo) tem que trabalhar, dormir, comer, fazer amigos, se casar, ter filhos, ir à escola... Tudo o que uma pessoa "Normal" faria na vida.

No HUD do jogo há uma série de barras representando as necessidades dos "Sims". Quanto menor a barra de fome, por exemplo, mais faminto e infeliz está o personagem, dar de comer a ele elevará sua barra de fome e o deixará feliz.

O objetivo final é deixar os "Sims" felizes, e para isso eles precisam de comida, sono, amigos, namoradas (os), diversão, casas bonitas e bem mobiliadas.

O mais empolgante no game não é o controle do personagem em si, mas a possibilidade de se criar "Sims" que se pareçam com o jogador ou com pessoas que ele conhece. É possível, com alguma paciência, criar celebridades, artistas de cinema, amigos e colegas do mundo real em "versão Sim".

Divertido também é "brincar de arquiteto", construindo casas pros Sims e mobiliando elas de maneira a agrada-los.


Vida Irreal

Como já disse antes, a idéia é boa, mas o game deixa a desejar em muitos aspectos.

Os pobres Sims parecem viver em um regime ditatorial marxista. Eles simplesmente não tem finais de semana, feriados ou férias. Quando trabalham, o fazem o tempo todo, todos os dias.

O trabalho dos pobres Sims é realmente estafante. Quando eles voltam do serviço, estão sempre cançados, famintos e com vontade de ir ao banheiro, o que torna o jogo realmente chato, resumindo a mandar o Sim para o trabalho, suprir suaas necessidades e ve-lo dormir para poder ir ao trabalho no outro dia...

Mesmo sem o problema de emprego dos personagens, o jogo logo se torna muito cansativo. Todas as possibilidades (amizade, construção, móveis...) podem ser exploradas em menos de 2 horas, o que deixa o game sem surpresas e cansativo a longo prazo.

A Maxis tentou remediar o problema lançando dezenas de expansion packs com novos skins, móveis, paredes... e alguns até trazem possiblidades de se ter um animal de estimação, mágicas, festas comemorativas...

Resumindo, Sims é um jogo pioneiro, com uma idéia interessante e que vale a pena ser jogado, mas, se você não tem grana para comprar os expansion packs com frequencia, o jogo pode se tornar cansativo em menos de uma semana...

18 de dezembro de 2006

Hitman: Codename 47



Hitman: Codename 47 (****)





O início do século XX viu o surgimento de jogos cada vez mais realistas. Os "supersoldados" imbatíveis de Doom e Quake deram lugar a um novo ramo nos jogos de ação, a ação furtiva, com assassinos profissionais, espiões e ladinos sorrateiros.


O que começou com Metal Gear Solid, e teve bons titulos como Splinter Cell e ruins como Thief, culminou em um game que rapidamente se tornou "cult", a série Hitman.

Bala na agulha
Hitman é um jogo no mínimo inspirado. Nele você controla o agente 47, um careca com um codigo de barras na nuca que acorda amnesico em um hospicio (ou pelo menos parece um) lotado de armas e, atraves de vozes em um alto-falante, é treinado para ser o assassino profissional mais letal do mundo.
Ao longo do jogo voce recebe missões por um laptop. O agente 47 viaja pelo mundo, de Hong Kong às selvas da Bolivia.
Ha varios pontos extremamente positivos no jogo. O principal é a liberdade de completar sua missão como desejar. Se quiser ser furtivo você tem mais chances de ter sucesso, mas você também pode dar uma de Rambo e sair fuzilando geral, ou ser esperto e se "infiltrar" nos locais usando as roupas de seus inimigos. Ao inicio de cada fase é possível escolher as armas que você vai usar na empreitada. Se pretende sair destruindo geral, compre armas pesadas, como escopetas e metralhadoras, se quer ser furtivo, prefira pistolas com silenciadir, facas e cordas (para enforcar os inimigos destraidos...).
Os graficos sao bons, e ha uma infinidade de opções de assassinato. Voce pode roubar a roupa de suas vitimas para se infiltrar em lugares bem guardados, andar furtivamente por tras delas, conversar com barmans para obter pistas...
Tiro pela culatra
Embora seja divertido, e com uma historia envolvente, Hitman tem um defeito grave, eh exorbitantemente dificil. Mesmo no nivel "facil" é muito facil morrer durante o jogo. E ha um agravante, neste game não ha a opção de salvar o jogo, os saves soh acontecem depois que a fase é vencida. Quando você morre no meio da ação há a antiquada opçao de "continue", como nos antigos joguinhos de videogame...
Alem de ser muito dificil de se jogar (muito facil de morrer, oponentes tao fortes quanto você...), algumas fases tem diversos objetivos que tem que ser completados em sequencia. Se você completar um objetivo sem terminar o anterior você simplesmente não passa de fase...
Os controles tambem não ajudam muito. Não há botões para pular, por exemplo, nem para se abaixar...
Em suma, é um jogo que tem um enredo envolvente, ação, é divertido, bonito e com uma proposta de "ação furtiva" e alguma liberdade de ação, mas poderia ter sido mais bem feito pela Eidos, empresa que já nos deu pérolas como Tomb Raider e vergonhas como Tomb Raider IV...

8 de dezembro de 2006

Swat3




Swat 3 (***)


Ultimamente existem em matéria de games, simuladores de tudo o que se pode pensar. Há simuladores de magnatas, soldados, formula 1, corrida de kart, piloto de jumbo e há tambem os simuladores de policiais.


A série Swat é um dos mais tradicionais simuladores de policial, sendo a terceira versão a primeira da serie a possuir um modo "shooter" de primeira pessoa.

Polícia pra quem precisa de polícia

Swat 3 é um jogo competente no que propoe. Ele tras para primeira pessoa a jogabilidade e o clima dos jogos anteriores da série. Em Swat3, você controla um oficial do famoso grupo de elite da polícia norte-americana, e deve sair por ai cumprindo as missoes do jogo, todas chamados de emergencia bastante criveis.

As missoes vão desde resgate de refens a ataques a traficantes, serial killers, terrorismo... Tudo o que a Swat realmente faz na vida real. Longe de outros shooters como Conter Strike, em Swat3, se você sair correndo e atirando feito um doido, terá uma carreira bem curta! Aqui o que vale eh a estrategia.

O jogo é bastante realista, e bastam um ou dois disparos para te mandar desta pra melhor. Você coordena quatro outros policiais, divididos em "grupo vermelho" e "grupo azul". A coordenação destes aliados é vital para o sucesso da missão, com comandos simples (as teclas numericas, com um menu de comandos na tela) é possível manda-los vasculhar salas, invadir locais, dar cobertura...

Porco fardado, seus dias estao contados...

Swat3 tem muitos pontos fortes, mas tambem tropeça em algumas coisas. Os graficos, por exemplo, não são ruins, mas são demasiadamente fotograficos e unidimensionais, sendo que alguns moveis parecem "feitos de papelao" quando se aproxima deles.

O jogo tambem eh complicado para quem quer um shooter. A cada refen resgatado ou suspeito preso ou morto, voce tem que avisar a policia pelo radio, caso esqueça um, a missão não termina.

Alguns locais são escuros demais. Embora os personagens tenham lanternas, o efeito de luz eh ruim, e eh muito fácil se perder em salas muito escuras.

Uma ausencia que foi sentida é a possibilidade de se jogar com terroristas, como existia no Swat2, por exemplo. Aqui a unica opção é a Swat, e as missões são sempre lineares demais, o que faz com que o jogo se torne cansativo rapidamente...

Swat3 também é muito linear, as missões são repetitivas e o enredo não é empolgante. Há também alguns problemas técnicos, como o fato de você ter que algemar os refens resgatados (!!!) e outras bizarrices...

Em suma, se voce gosta de simuladores de policial, sonha em entrar pra policia, gosta de ficar se preocupando com detalhes, não se importa com gráficos fracos e sabe se orientar em salas escuras, vai aproveitar muito este game. Mas se você procura um shooter violento pra brincar de policia e ladrao, certamente este não é o seu jogo!

1 de dezembro de 2006

Thief II



Thief II - The Metal Age (*)

Jogos em primeira pessoa normalmente se resumem a tres passos simples: 1) entre na sala, 2)mate o inimigo ou monstro, 3)pegue o tesouro, power-up ou qq outro icone...
No final dos anos 90, alguns estudios tentaram reverter essa formula adicionando opções de furtividade, sobretudo em jogos de espionagem, como Splinter Cell.
A serie Thief (ladrao) tenta trazer essa ideia para uma idade media, onde o jogador encarna um habilidoso ladino, capaz de se esgueirar pelas salas de castelos e apagar tochas com flechadas certeirtas...

Robin Hood
O segundo jogo da serie, Thief II, the Metal Age, tenta continuar a premissa do primeiro (que infelizmente não consegui ainda uma cópia para avaliação no Blog...), com o ladino medieval, seus truques, sua furtividade e seus gadgets (quase um James Bond).
A movimentação não é difícil, e é possivel aprender todos os comandos em apenas alguns segundos de tentiva e erro. O personagem deve se esconder nas sombras para surpreender suas vitimas.
Em combate direto a melhor opção é tentar fugir, seu personagem eh incrivelmente fraco, e poucos golpes já são o suficiente para mata-lo. No HUD há um marcador que mostra o quão bem escondido você está. Estar em meio a sombras e abaixado é garantia de sucesso...
Há muitas boas idéias, como a possibilidade de agarrar objetos comuns, como caixas, espelhos, pedras, e arremessa-los a distancia, para chamar a atenção dos inimigos. também é possível remove-los do local onde cairam, esconder os corpos e evitar que outros detectem sua presença...
Erro de Mira
Embora a idéia por trás de Thief II seja boa, o jogo eh muito, muito, muito, mas muito ruim mesmo.
A começar pelos gráficos, temos a impressão de que o artista responsavel pelas texturas 3d foi demitido e o iluminador tomou o lugar dele... Os gráficos são muito escuros, as testuras sao horriveis, há objetos mal feitos, o efeito de agua é horroroso e há muitos bugs graficos.
O enredo é inexistente ou initeligivel... Parece que existe algum, mas não há legendas nas cutscenes, o som de voz é ruim, o ambiente é confuso e os personagens são completamente desinteressantes
O clima do jogo é muito estranho. De longe parece uma Idade Media... mas com energia eletrica. Voce pode apagar tochas com flechas, mas nao pode desligar a luz eletrica, nem com interruptor, nem quebrando lampadas. Alem de eletricidade, tem tambem magia (!!!). Se há magia, por que raios alguem usa eletricidade?! Claro que nem sempre essa mistura eh ruim, em Legancy of Kaim: Soul Reaver temos locais aparentemente medievais, mas com tecnologia. No entanto, Thief II está looooonnnnggggggeee da ambientação primorosa de Soul Reaver...
Mas é a jogabilidade que assusta. Voce tem uma espada que causa mais dano mas afeta sua furtividade, e eh um sacrificio matar alguem com a espada. Voce tem um porrete que nao afeta a furtividade mas tem a mesma utilidade da espada (entao pq a maldita espada?). Voce tem um arco que eh uma aberraçao! O arco eh de longe a arma mais problematica de se usar. Quanto mais voce segura a tecla de tiro, mais força e distancia alcança a flecha (Turok?), no entanto, se você segurar mais de 10 segundos, entra em um modo "sniper", se segurar mais um pouco o personagem desiste de atirar (!!!). Entao PORQUE O MALDITO MODO SNIPER????
Resumindo, eh um jogo ruim, puro e simplesmente...